O HTLV (Vírus Linfotrópico de Células T Humanas) é um retrovírus que infecta células de defesa do corpo, chamadas linfócitos T, e pode ficar “escondido” nelas por toda a vida da pessoa. Em uma parte dos casos, isso pode levar ao desenvolvimento de doenças graves ao longo do tempo.
Transmissão vertical (de mãe para filho): principalmente pela amamentação, quando a mãe vive com HTLV.
Transmissão sexual: em relações sexuais sem camisinha.
Transmissão parenteral: pelo compartilhamento de agulhas e seringas, e em transfusões ou transplantes sem triagem adequada.
No Brasil, todo sangue doado é testado para HTLV-1/2 desde a década de 1990, e órgãos para transplante também passam por triagem, o que reduziu bastante o risco de transmissão nessas situações.
Muitas pessoas com HTLV não apresentam sintomas e podem passar anos sem saber que estão infectadas, o que facilita a transmissão sem que ninguém perceba. Mesmo assim, o vírus está associado a doenças neurológicas, cânceres de células T e outras complicações que podem comprometer muito a qualidade de vida.
A boa notícia é que as formas de prevenção são simples e já bastante conhecidas de quem se cuida para evitar outras ISTs:
Usar camisinha em todas as relações sexuais (vaginais, anais e orais).
Não compartilhar agulhas, seringas ou qualquer material perfurocortante.
Fazer testagem, especialmente em gestantes, e discutir com a equipe de saúde alternativas ao aleitamento materno quando há diagnóstico de HTLV.
Quanto mais cedo a infecção é identificada, mais chances a pessoa tem de receber acompanhamento, reduzir riscos de transmissão para outras pessoas e de complicações futuras.